09/01/2013

Filme: Visões De Um Crime

Título: Visões De Um Crime
Título Original: Faces In The Crowd
Gênero: Suspense
Ano: 2011
Duração: 102 min
Direção: Julien Magnat
Elenco: Milla Jovovich (Anna Marchant), Michael Shanks (Bryce), Sarah Wayne Callies (Francine), Julian McMahon (Detetive Kerrest), Marianne Faithfull (Dr. Langenkamp), Valentina Vargas (Nina), David Atrakchi (Lanyon).

Prosopagnosia. Nome estranho não é? Mais estranho ainda é o seu significado, uma doença rara que afeta apenas 2% da população mundial, também conhecida como Cegueira Facial. Ela costuma ocorrer em lesões cerebrais ou em doenças neurológicas que afetam uma região do cérebro responsável por nos fazer reconhecer rostos. As pessoas que sofrem dessa doença apresentam incapacidade de reconhecimento facial, mesmo familiar. As vítimas desse mal se veem obrigadas a se apegar a detalhes, roupas, cortes de cabelo e a voz para diferenciar uma pessoa de outra. Agora tente imaginar se isso acontece com alguém que foi testemunha de um assassinato e precisa revelar a identidade do assassino antes de se tornar a próxima vítima?


Esse é o enredo de Visões de um Crime – título ridículo em minha opinião, seria mil vezes melhor traduzirem o título original ao pé da letra: Rostos na Multidão. Estrelado por Milla Jojovich (a eterna Alice de Resident Evil), o filme traz a história de Anna Marchant, uma professora de 30 anos bem sucedida tanto no emprego quanto no seu relacionamento com Bryce. Parecia uma vida perfeita até que um belo dia, ou melhor, numa bela noite, Anna resolve retornar de uma balada com as amigas sozinha e presencia mais um crime do serial killer conhecido como “Tearjerk Jack” (traduzido como Jack Retalhador – já falei que eu detesto essas traduções nacionais nada a ver?), que recebeu esse apelido devido às lágrimas deixadas sobre as vítimas.

Anna é atacada pelo assassino, porém consegue escapar ao cair de uma ponte em um rio, não sem antes bater com a cabeça no parapeito da ponte. É resgatada por um mendigo e acorda já no hospital, só que com um problema: não reconhece o rosto de ninguém, inclusive seu próprio reflexo.  E enquanto trabalha com sua mente para se adaptar ao novo modo de vida, o assassino retorna, disposto a usar sua rara síndrome para se aproximar e eliminar a única testemunha de seus crimes.

O filme de fato é muito bom, apesar de ser um suspense leve, não é daqueles que lhe faz pular da cadeira, roer as unhas e se surpreender com o final totalmente ao contrário do que você imaginou. Mas é uma boa pedida. Essa doença realmente foi bem retratada no filme, a meu ver. É terrível de se imaginar no lugar de Anna, só pelo fato de não reconhecer mais ninguém, seus pais, seu namorado, amigos, alunos, conhecidos, ninguém! Imagine se você estiver sendo seguido por um assassino que você conhece, mas não reconhece? Deus me livre!

Seria cômico se não fosse trágico o fato de ela namorar com vários caras diferentes em um só, já que nem o próprio namorado ela reconhece.  Mas no decorrer do filme Anna foi aprendendo a lidar com seu problema: se ela não pode reconhecer alguém pelo rosto, precisa focar-se nos detalhes, nos gestos, nos gostos, na voz de uma pessoa. Por exemplo, ela desenhava num caderno a cor da gravata que Bryce estava usando no dia para poder saber que era ele depois, e também se lembrava do fato de que ele nunca acertava dar um nó nas gravatas – isso foi crucial para Anna, não vou dizer por quê.

O filme ainda serve de conselho para quem pensar em sair de uma balada com as amigas, e resolver voltar para casa sozinha e a pé, de madrugada, por lugares isolados e, se ouvir alguma coisa, vai embora, não fique para descobrir o que é! De mais, acho que só não gostei mesmo da tradução do título, o resto achei muito bom! Bom filme!


Trailer: 



Por Mariana Oliveira

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