27/12/2011

O Silmarillion

Livro: O Silmarillion
Autor: J. R. R. Tolkien
Editora: WMF Martins Fontes
Ano: 1ª edição: 1999; 4ª edição: 2009
Número de Páginas: 465 páginas, contando com os mapas

"É que da bem-aventurança e da alegria na vida há pouco a ser dito enquanto duram; assim como as obras belas e maravilhosas, enquanto perduram para que os olhos as contemplem, são registros de si mesmas; e somente quando correm perigo ou são destruídas é que se transformam em poesia."
O Silmarillion é uma das mais antigas obras de J. R. R. Tolkien, escrito “em cadernos velhíssimos que remontam a 1917” (texto da contra-capa). Foi publicado pela primeira vez quatro anos após sua morte em 1977, por seu filho, Christopher Tolkien. O livro descreve acontecimentos da Primeira Era da Terra-média e é compreendido em cinco partes: Ainulindalë, Valaquenta, Quenta Silmarillion, Akallabêth, e Dos Anéis do Poder e da Terceira Era.
 O Ainunlidalë, ou A Música dos Ainur, conta a história da criação do universo e da terra, ou Ëa, por Ilúvatar, ou Eru, o Deus Supremo, o criador onipotente, que criou Arda (o sistema solar, ou a própria Terra) através da composição de uma música magnífica, quando Ilúvatar solicitou aos Ainur, espécie de anjos, que criassem juntos uma grandiosa melodia, com a inspiração da Chama Imperecível. O Valaquenta (Relato dos Valar), fala sobre a natureza e as atribuições dos Valar e os Maiar (os Ainur que entraram em Ëa), bem como a relação destes com Melkor, ou Morgoth o Inimigo, e seu servo Sauron, o Senhor do Escuro; O Quenta Silmarillion, ou A História das Silmarils, relata a história dos eventos antes e durante a Primeira Era, a criação e o roubo das Silmarils, que provocou a guerra dos elfos contra Morgoth.

O Quenta Silmarillion (a maior e principal parte do livro) conta que nos Dias Antigos da Primeira Era, Fëanor, o mais talentoso dos elfos, e também o mais orgulhoso e mais arrogante, cria as Silmarils, três jóias perfeitas nas quais está contida parte da luz das Árvores de Valinor, o Reino Abençoado. Morgoth, o Senhor do Escuro, rouba as Silmarils e se refugia em sua fortaleza de Angband, no norte da Terra-média. Para recuperá-las, os altos-elfos travam uma guerra prolongada contra o poderoso inimigo. Possui 24 capítulos, sendo os melhores para mim: De Beren e Lúthien, De Túrin Turambar, De Tuor e da Queda de Gondolin e Da Viagem de Eärendil e da Guerra da Ira.

O Akallabêth, ou A Queda, conta a história da queda de Númenor, o maior reino dos humanos (Os Dúnedain). Fala sobre o esplendor de uma grande ilha chamada Númenor, localizada nos Mares Circundantes, em Arda, a Terra, na direção Oeste da Terra-média; e sua queda, causada pelo orgulho de seus habitantes e pelas mentiras de Sauron, o Senhor do Escuro. Seria uma alusão do autor a Atlândida.

Dos Anéis do Poder e da Terceira Era, um breve relato de como Sauron criou os Anéis do Poder num plano para estender seu domínio na Terra-média e como os Povos Livres, ajudados pelos Istari (os Magos) puderam resistir ao poder do Senhor do Escuro e destruí-lo (esse relato é detalhado pelo autor na trilogia O Senhor dos Anéis).

É um livro maravilhoso, mas só pode ser lido com muita paciência e força de vontade; eu recomendo para aqueles que querem ler a trilogia de O Senhor dos Anéis, que leia O Silmarillion antes. TODOS os zilhões de personagens têm pelo menos mais um nome diferente, você deve ter reparado mais acima no post. Até Gandalf era conhecido por outros nomes, Mithrandir, Olórin, Tharkûn ou Íncanus, sendo que em O Silmarillion, na sessão em que ele é citado (Dos Anéis do Poder e da Terceira Era), é conhecido por Gandalf ou Mithrandir. Muitas vezes tive que voltar dois ou mais parágrafos para reler e conseguir entender algumas coisas. É complicado, mas para quem gosta de desafios, uma boa pedida. Apesar dos poréns, é muito bom descobrir mais sobre alguns personagens já conhecidos de O Senhor dos Anéis, como Gandalf, Galadriel, Sauron e Elrond. Desculpem-me o linguajar, mas J. R. R. Tolkien é f*d@!

A ordem que eu acho mais adequada para leitura das obras que contam a história da Terra Média é a ordem cronologica mesmo (por enquanto é o que eu acho): primeiro O Simarillion, que conta como a Terra-Média foi feita; depois Os Filhos de Húrin; Contos Inacabados em seguida; depois leia O Hobbit, que é o inicio (cronológico) da historia; e por último O Senhor dos Anéis, na ordem certa: A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei. Boa leitura!


3 comentários:

  1. Já tentei ler. Não tive paciência pela quantidade de personagens e nomes estranhos. Mas farei uma 2ª tentativa assim que puder. xD

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  2. Preciso descordar, O Silmarillion é riquíssimo e brilhante, mas ninguém deve começar a viagem à Terra Média por ele, desanima qualquer um! Tanto é que ele não é uma historia, é um compilado de contos antigos da Terra Média. Sinceramente as pessoas têm que começar por o Hobbit mesmo, e o resto, Contos Inacabados, Filhos de Húrin, a gente lê pra afundar mais no mundo Tolkien. Não li Os Filhos de Hurin, e não sei se pretendo, porque achei a historia de Turin e Nienor muito triste e revoltante...

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    1. Roberta, assim como eu recomendei a leitura primária de O Silmarillion, já vi outras pessoas recomendando também. E também já vi pessoas discordando e recomendando O Senhor dos Anéis primeiro, O Hobbit primeiro, etc. Acho que vai de cada pessoa. Cabe a quem quiser ler decidir o que acha melhor. Eu só acho que não vai ser uma perda de tempo se a pessoa ler qualquer um dos livros de Tolkien *-* E leia Os Filhos de Hurin, é triste sim, mas muito bom. Ás vezes a gente não pode ficar seguindo a opinião dos outros em certas coisas não, senão perde a oportunidade de conhecer algo que você vai achar bom, mas viu por aí que fulanos não gostaram, sabe? Obrigada pelo seu comentário! Volte mais vezes! :)

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